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Inicialmente era um T1 para dois, eu e um gato. O tempo passou e agora vivo num T2 para quatro. Eu, o marido, um filho e uma cadela, somos os habitantes deste espaço. O dia a dia, receitas, ideias, e até desabafos saem já a seguir...
Quando trabalhamos o tempo não passa assim tão depressa... sentei-me ao pc às 19:02h, dei uma cuscadelas nas notícias, e já são horas de ir para a cozinha, não tarda nada. Felizmente que a sopa já está feita, e o que resta, hoje também não será nada demorado. Quando ouvia as colegas no trabalho lamentarem-se que não sabiam o que haviam de cozinhar para o jantar, ficava espantada porque a mim nunca me faltavam ideias. Era muitas vezes o livro de consultas das mesmas, que vinham perguntar sugestões. Agora dou comigo na mesma situação que elas. Muitas vezes me encontro no dilema do e agora, o que vou fazer para o jantar? Antes podia dar largas à imaginação, podia fazer o que entendesse, porque só não gosto de coentros, portanto tudo podia ser escolha para ser cozinhado, sem restrições. Agora tenho de obedecer aos gostos de mais duas pessoas, que não comem de tudo, ou porque não gostam, ou porque não cai bem nos estômagos sensiveis. Cozinhar peixe, que era algo que eu comia quase diariamente, é coisa para ser feita quando o filho vai passar o fim de semana com a mãe, e não pode ser qualquer peixe, ou algo que o moço goste, como por exemplo choco frito. Se for feijoada de choco, o pai gosta o filho não... O que vale, é que quando tem mesmo de ser peixe, se o filho não gosta, vai uma pizza para o rapaz e nós comemos o peixe. Eu por mim, comia tudo. Por eles não posso. Assim, cheguei ao ponto em que as minhas colegas se encontram diariamente. Eu que pensei que nunca ia ter estes dilemas. Hoje vai douradinhos com arroz de feijão frade (este eu dispensava na boa, só muito raramente eu comia douradinhos, prefiro pescada mesmo), mas o filho gosta e o pai, diz que não é dos piores. Amanhã levam com um arroz de tomate, com espada preto frito, que grelhado já foi sábado, quando o filho foi passar o fim de samana com a mãe. E amanhã não há pizza! E enfim, lá vou eu para a cozinha, ligar o forno e cozinhar tão belo repasto que dispensava na boa...
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